25/08/10
19/08/10
Música e Loucura
Sempre me atraiu a loucura enquanto tema literário: lembro-me do entusiasmo com que, por volta dos 14-15 anos, iniciei a leitura do Elogio da Loucura de Erasmo, apenas para me desiludir com a natureza satírica e alegórica do texto. Recordo também como, uns anos mais tarde, a obra de David Cooper exerceu em mim o efeito contrário. Tal como na literatura, sempre me interessaram as representações da loucura na música; esta é uma das minhas favoritas (e com um vídeo a condizer):Também me agradam particularmente All the Madmen de Bowie e Committed de Roy Harper, esta última sem dúvida com conhecimento de causa.
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| (Foto obtida aqui) |
11/08/10
Ferramenta Literária
Uma ferramenta engraçada que, através da análise de textos (em inglês), descobre qual o escritor canónico ao qual a escrita se assemelha.
Submeti a tradução inglesa do meu conto “O Anjo Suíno”, publicado no quarto número da Detritos, e o resultado foi o seguinte:
Como sou, por natureza, um desconfiado, tirei um excerto de Poe ao calhas do Guttenberg e submeti-o: segundo a máquina, Edgar Allan Poe escreve como Jonathan Swift. O que não destruiu a minha fé na máquina – antes pelo contrário: descobri-lhe uma nova dimensão. Imagine-se que dava continuação a este processo e submetia um excerto do Tale of a Tub ou do Battle of the Books para descobrir como quem escrevia o Swift, e assim sucessivamente, até descobrir se a minha escrita descende da casa de Homero ou da de Hesíodo. (Ou, se a máquina se mostrar insensível a anacronismos, descobrir, por exemplo, que Swift escreve como Thomas Pynchon.) Faltam-me, de momento, o tempo e a paciência, mas um dia ainda me hei-de servir desta maravilha informática para compor a minha árvore genealógica literária.
10/08/10
Xeque-mate!
"[...] for he belonged to that rare type of writer who knows that nothing ought to remain except the perfect achievement: the printed book; that its actual existence is inconsistent with that of its spectre, the uncouth manuscript flaunting its imperfections like a revengeful ghost carrying its head under its arm; and that for this reason the litter of the workshop, no matter its sentimental or commercial value, must never subsist."Vladimir Nabokov, The Real Life of Sebastian Knight



